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Boxe ou muay thai: qual é a melhor opção?

Especialistas explicam qual é a principal diferença entre as duas modalidades e destacam que os benefícios de ambas incluem força, resistência física e condicionamento físico.


Com a popularidade e o crescimento dos esportes de combate, muitos brasileiros têm procurado academias com opções de lutas. Nesse contexto, o boxe e o muay thai, como é chamado o boxe tailandês, são bem conhecidos pela população nacional, com inúmeros benefícios à saúde. Entretanto, algumas pessoas ainda questionam qual é a melhor alternativa, além das vantagens de cada prática. Conforme explicações de Páblius Staduto Braga, médico do esporte, e Roberto Monteiro, personal fight e professor de artes marciais, há uma diferença fundamental entre boxe x muay thai:

  • No boxe, usam-se apenas os punhos em combate, para socos, com maior trabalho de membros superiores, com os membros inferiores usados principalmente para movimentação.

  • No muay thai, é possível utilizar punhos para os socos, braços e cotovelos para cotoveladas, os pés para chutes e pernas e joelhos para as joelhadas, com um maior equilíbrio do trabalho muscular entre membros inferiores e superiores.

Benefícios do boxe e do muay thai

As duas modalidades propiciam:

  • Força;

  • Resistência física;

  • Condicionamento físico;

  • Melhora de coordenação motora;

  • Condicionamento cardiorrespiratório, com melhora da resposta respiratória;

  • Redução do percentual de gordura;

  • Gerenciamento de estresse, ansiedade e depressão;

  • Sociabilidade.

Segundo Páblius Staduto Braga, especialista em Medicina do Esporte pela SBMEE/AMB, Reumatologia pela Unifesp e Clínica Médica pela PUC/SP, as duas lutas trazem benefícios aos praticantes, com destaque para a saúde mental.


– Ambas as modalidades têm inúmeros benefícios para a saúde, destacando o gerenciamento de estresse, ansiedade e depressão, por exemplo, pois criam um ritual e um movimento de jogar suas energias em um “opositor”. Essas descargas de energias podem e são uma grande fonte de revitalização de corpo e alma – declara Braga.

Já em relação às características individuais, Páblius conta que a resistência cardiorrespiratória é um foco tanto no boxe como no muay thai, uma vez que a movimentação é intensa e contínua na preparação física e técnica. Sendo assim, é possível observar a diminuição de percentual de gordura e melhora de resposta respiratória e recuperação.

Mas há pequenas diferenças:

– No muay thai, agilidade, velocidade e capacidade de reação se apresentam como qualidades a serem desenvolvidas e trazem ótimos resultados quando o treinamento for bem organizado. Força localizada de membros superiores e inferiores também são virtudes desse tipo de treinamento. Já no boxe, apesar do foco em braços e punhos, a velocidade de deslocamento e a manutenção de movimento no ringue para diminuir a chance de o adversário contra-atacar levam a resultados de resistência localizada muito bons, e com equilíbrio de toda a musculatura – complementa ele.

Boxe x muay thai: qual é a melhor opção?

De acordo com o personal fight Roberto Monteiro, o boxe e o muay thai são boas opções para a saúde física e mental. O professor de artes marciais diz que os dois tipos de luta trabalham o corpo inteiro, porém pondera que o boxe condiciona mais o membro superior. Por outro lado, Páblius Staduto Braga ressalta que o boxe também pode trabalhar os membros inferiores, uma vez que o conjunto da musculatura bem preparada otimiza o resultado final (os golpes pelos punhos), com ativação de ombros, costas, abdômen e quadril.

– Já no muay thai, por utilizar golpes de diversas formas, a atenção é no conjunto da musculatura e na resistência, mas braços, pernas, coxas e quadril têm atenção especial em força, velocidade e resposta rápida – avalia Braga.

Roberto e Páblius alegam que, entre boxe e muay thai, a melhor opção é aquela que traz mais afinidade, motivação e gosto pelo treino, isto é, algo pessoal.

Além disso, os especialistas destacam que indivíduos sedentários também podem apostar nas modalidades.

– Pessoas sedentárias poderão praticar desde que tenham uma excelente avaliação de saúde, aptidão física e de limitações biomecânicas (avaliação muscular, de articulações e amplitudes de movimento), para que entendam o momento e possam fazer um desenvolvimento coerente e com menor risco de lesões – finaliza Staduto.

 
 
 

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